Hisória de Teresópolis
A notória vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil e com a
transferência do aparato político e econômico para o Rio de Janeiro foi um
marco na História do Brasil. Os tratados firmados entre Portugal e a
Inglaterra, apesar de desiguais e vantajosos para os britânicos, impulsionaram
a economia e o urbanismo na corte do Rio de Janeiro. Muitos súditos britânicos
aportaram no Brasil e principalmente na capital fluminense. George March foi um
deles. Comerciante bem sucedido e influente na corte do Rio de Janeiro tinha
uma das mais belas casas na enseada de Botafogo.
George March adquiriu por sesmarias terras na região da serra dos órgãos
chamada Santo Antônio do Paquequer, hoje município de Teresópolis no estado do
Rio de Janeiro, vastas terras em que irá construir uma grande casa e diversos
empreendimentos como: plantações de hortigranjeiros e frutas, criação de
cavalos e cabras, aluguel de casas, hotelaria. Apesar da política de patrulhamento
e proibição do tráfego negreiro pela Grã-Bretanha, este súdito inglês, assim
como muitos no Brasil, possuía escravos em sua fazenda-modelo.
George March impulsionou e incentivou a subida à serra dos órgãos e o
incremento econômico e povoamento da futura cidade de Teresópolis. Certamente o
colonizador da cidade. Outros ingleses subiram a serra fugindo do calor
escaldante da corte do Rio de Janeiro. Através de cobrança de alugueres de suas
casas construídas ao redor da fazenda-modelo, George March incentiva e torna-se
um pioneiro do veraneio. Outros ingleses irão fixar e comprar terras na região,
influenciados por George March.
Com seu clima ameno a agradável nos verões, floresta exuberante e linda
vista da serra dos órgãos, Teresópolis pode se intitular como a cidade
colonizada e incrementada por ingleses. Mas o mais importante foi surgimento de
uma região abastecedora de hortifrutigranjeiros para a corte no passado até os
nossos dias. Prática iniciada pelo súdito inglês George March.
Tornado-se Cidade de Teresópolis
Aos 6 de Julho de 1890, é assinado o Decreto de elevação de
Therezopolis a cidade pelo então Governador do Estado do Rio de Janeiro, Dr.
Francisco Portella.
Veja quem é quem na foto:
1) Sr. Figueiredo; 2) Dr. A.
Werneck; 3) Sr. Palhares: 4) Pintor Nicoláo Facchinetti; 5) Barão de Mesquita,
Presidente da Companhia E. F. Therezopolis; 6) Dr. Francisco Portella,
Governador do Estado; 7) Alferes João Chrisostomo; 8) Dr. Godofredo Cunha,
Chefe de Policia do Estado, depois Ministro do Supremo Tribunal Federal; 9)
Francisco P. dos Santos Leal, pharmaceutico local; 10) Engenheiro Floresta de
Miranda; 11) Joaquim de Abreu Lacerda, antigo redactor do Jornal do Commercio;
12) Domingos Moitinho, Director da Cia. E. F. Therezopolis; 13) José Bandeira
Vianna, depois Collector Estadual; 14) Capitão Silva Brandão; 15) Major Eloy;
16) Felix Cardoso da Silva, guarda livros da Cia. E. F. Therezopolis.
Chegada do trem
Durante o século XIX, o trem foi o principal meio de transporte e
se expandiu mundialmente até a segunda metade do século XX. No estado do Rio, pioneiro no
transporte ferroviário no país, havia um ramal que funcionava a partir do Cais da Piedade, onde atracavam as barcas de passageiros, até
o distrito de Guapimirim, passando pelo centro do município de Magé. Até 1901,
a estação de Guapimirim serviu como final da linha, até que iniciaram as obras
para subir a Serra dos Órgãos. A
expansão foi gradativa, chegando primeiro nas localidades de Barreira (1904),
Miudinho (1905), Garrafão e
Alto (1908), mais precisamente no dia 7 de setembro deste mesmo ano, quando
todo esse trecho foi inaugurado oficialmente. Até então Teresópolis tinha
uma via de transportes incipiente. Anos depois, foi notado que a estrada de
ferro propiciou certo progresso da área. Em 1919, com a administração da
ferrovia tomada pela Estrada de Ferro Central do Brasil, o ramal foi prolongado até
uma localidade denominada como "Várzea de
Teresópolis", onde foi construída uma nova estação terminal, a
Estação José Augusto Vieira, em 1929. Os trens passaram a partir da Estação Barão de
Mauá, no Rio de Janeiro até Magé, onde seguiam para Teresópolis pelo
trajeto original. Na manhã de 9 de março de 1957, o trem desce a Serra pela última vez em direção à Guapimirim, para dar lugar a um novo plano
rodoviário, marcando, assim, o final de uma era.
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